Paço Arquiepiscopal dos Braganças

O risco da nova ala é atribuído à fase inicial de André Soares, um dos mais importantes arquitetos do período.

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Durante o arcebispado de D. José de Bragança (1741–1756), irmão do rei D. João V, deu-se início a uma significativa remodelação do Paço Arquiepiscopal de Braga. Em 1751, o prelado mandou edificar uma nova ala do edifício, marcada por uma linguagem arquitetónica mais atual e elegante, que se insere nas tendências do barroco tardio e do rococó.

O risco da nova ala é atribuído à fase inicial de André Soares, um dos mais importantes arquitetos do período, responsável por introduzir uma linguagem arquitetónica inovadora em Braga. A leitura do projeto não pode ser dissociada do espaço urbano em que se insere, uma vez que a nova construção foi pensada em articulação com a praça de planta trapezoidal que se desenvolve em frente ao Paço — hoje conhecida como Largo do Paço. Este conjunto urbano e arquitetónico destaca-se pela sua harmonia e equilíbrio, refletindo o cuidado posto na integração da arquitetura com o espaço público envolvente.

A intervenção de D. José de Bragança representou não só um contributo para a modernização do centro político-religioso da cidade, mas também um impulso determinante para o embelezamento do tecido urbano de Braga na primeira metade do século XVIII.