Vestígios Romanos do Largo de S. Paulo

Em 1998, ao retirar o pavimento antigo do Largo de São Paulo, foram descobertos vestígios de vários muros romanos. Não tendo sido possível efectuar uma escavação arqueológica completa no local, a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho registou os muros através de desenhos e fotografias, optando-se por marcar essas estruturas no novo pavimento.

A posição dos muros dentro do traçado da cidade romana indica que faziam parte de um quarteirão residencial, provavelmente integrando uma domus (habitação familiar). As suas características e o facto de alguns muros avançarem para o espaço da antiga rua sugerem a existência de duas fases distintas de construção.

Os muros mais antigos, datados entre os séculos I e II (Fase I), delimitavam diferentes divisões do setor noroeste da casa, sendo provável que algumas destas áreas funcionassem como lojas com acesso para um pórtico. No século IV, parece ter sido construído o pórtico, tendo a habitação sido ampliada sobre a rua, possivelmente já nos séculos V ou VI (Fase II), mostrando assim uma evolução e expansão da moradia.